Como proteger os ativos em tempos turbulentos

Escolher a localização geográfica correta é crucial para proteger a riqueza. Historicamente, há muitos casos que mostram que a escolha da localização pode determinar se a propriedade pode ser preservada. Por exemplo, durante a Segunda Guerra Mundial, uma família judia dispersou-se para escapar, e os membros que fugiram para diferentes países enfrentaram destinos muito diferentes. Em 1991, com a dissolução da União Soviética, muitos cidadãos comuns perderam toda a sua riqueza da noite para o dia, pois todos os seus bens estavam no país.

Em tempos difíceis, é importante saber observar e fazer julgamentos independentes sobre a situação. Tomando como exemplo a Nomura Securities durante a Segunda Guerra Mundial, eles perceberam através de observações sutis que o Japão poderia, eventualmente, ser derrotado, e começaram a ajustar gradualmente suas estratégias de investimento, alocando ativos em terrenos e imóveis que poderiam valorizar após a guerra. Isso estabeleceu as bases para o rápido desenvolvimento da Nomura após a guerra. Em contraste, muitas famílias judias alemãs na década de 1930 confiavam excessivamente no Estado e perderam a oportunidade de transferir seus ativos a tempo, sofrendo grandes danos no final.

Em tempos de turbulência, evite o "all in". A história está cheia de casos de grandes perdas devido a investimentos concentrados, como o de Churchill em 1938, que quebrou ao alavancar suas posições no mercado de ações dos EUA. A sociedade moderna muda mais rapidamente, a vida média das empresas está constantemente diminuindo, e a importância da diversificação de investimentos torna-se ainda mais evidente.

É necessário ter consciência de risco e reconhecer que, em grandes mudanças, a propriedade original pode perder a validade. Durante a Segunda Guerra Mundial, os ativos de muitas minorias étnicas em vários países foram congelados ou confiscados. Nos últimos anos, alguns ricos viram seus ativos no exterior congelados por fatores políticos. Isso nos lembra de estar atentos ao risco de depender excessivamente de um único regime ou instituição.

Sobre itens valiosos como ouro, a autoarmazenagem e a custódia de terceiros têm suas vantagens e desvantagens. Durante a Segunda Guerra Mundial, algumas pessoas que armazenaram ouro em cofres de banco tiveram-no confiscado, enquanto o ouro que foi enterrado foi preservado. Algumas famílias optaram por trocar parte de sua riqueza por moedas de ouro para armazená-las sozinhas, acreditando que pequenas quantidades de ouro são mais fáceis de usar em tempos de turbulência. No entanto, a autoarmazenagem também enfrenta riscos de segurança, sendo necessário um equilíbrio.

De modo geral, períodos de turbulência são a norma, enquanto tempos de paz e prosperidade são a exceção. Recomendo adotar as seguintes estratégias: primeiro, diversificação de ativos, incluindo a diversificação de classes de ativos, localização geográfica e métodos de custódia; segundo, precaução, não ter ilusões, pois quando a situação se deteriora a ponto de todos quererem sair, pode ser tarde demais. Em tempos de turbulência, é crucial estar preparado com antecedência e manter a flexibilidade.