A Rede principal Blast está prestes a ser lançada, analisando seus riscos de segurança e oportunidades potenciais

Recentemente, a Blast voltou a ser o centro das atenções do mercado. Com o término do seu concurso de desenvolvedores "Big Bang", o seu valor total de ativos bloqueados (TVL) continuou a subir, ultrapassando a marca de 2 bilhões de dólares, ocupando uma posição importante na pista Layer2.

Entretanto, a Blast anunciou que irá lançar a Rede principal a 29 de fevereiro, gerando grande atenção. Apesar das "expectativas de airdrop" atraírem muitos participantes, à medida que o ecossistema se expande, uma variedade de projetos surge, trazendo também riscos de segurança correspondentes. Este artigo irá analisar em profundidade o forte início da Blast, explorando os riscos de segurança e as oportunidades potenciais por trás do aumento acentuado do seu TVL.

Evolução do Blast

Blast foi lançado por Pacman em 21 de novembro de 2023, rapidamente atraindo ampla atenção da comunidade cripto. Em 48 horas após o lançamento, o TVL da rede alcançou 570 milhões de dólares, atraindo mais de 50 mil usuários.

No ano passado, a Blast recebeu um financiamento de 20 milhões de dólares de investidores principais como a Paradigm e a Standard Crypto. Em seguida, a empresa japonesa de investimento em criptomoedas CGV fez um investimento adicional de 5 milhões de dólares.

Até 25 de fevereiro, os dados mostram que o endereço do contrato Blast atualmente detém um valor total de ativos superior a 2 bilhões de dólares, dos quais 1,8 bilhões de dólares em ETH estão depositados no protocolo Lido e mais de 160 milhões de dólares em DAI estão depositados no protocolo MakerDAO, destacando seu aquecimento no mercado.

Razões para o sucesso explosivo

A singularidade do Blast reside em oferecer taxas de rendimento nativas em ETH e stablecoins, uma característica que não é encontrada em outras soluções Layer2. Quando os usuários transferem ETH para o Blast, o Blast o coloca em rendimento através do Lido e introduz uma nova stablecoin de rendimento, o USDB (que obtém rendimento através da compra de títulos do governo dos EUA via MakerDAO), na rede.

Além disso, como um Layer2 lançado pela equipe da Blur, o Blast possui uma vantagem de tráfego. A Blur anteriormente distribuiu mais de 200 milhões de dólares em airdrops para os usuários da plataforma, já acumulando uma ampla base comunitária. O Blast está atualmente realizando incentivos de airdrop, atraindo usuários a participar da staking através de uma estratégia de marketing de fissão de tráfego.

Risco de segurança do Blast

Desde o seu lançamento, o Blast tem enfrentado críticas e questionamentos. No dia 23 de novembro de 2023, Jarrod Watts, engenheiro de relações com desenvolvedores da Polygon Labs, apontou que a centralização do Blast pode trazer sérios riscos de segurança para os usuários. Ele também questionou a afirmação do Blast de ser uma rede Layer2, acreditando que não cumpre os padrões de L2, carecendo de funcionalidades como transações, ponte, Rollup ou envio de dados de transação para o Ethereum.

Através da análise do código do contrato Blast Deposit, identificamos os seguintes principais pontos de risco:

1. Risco de centralização

A função chave enableTransition do contrato Blast Deposit é chamada apenas pelo endereço admin do contrato. Esta função tem como parâmetro o endereço do contrato mainnetBridge, que pode acessar todo o ETH e DAI em staking.

Além disso, o contrato Blast Deposit pode ser atualizado a qualquer momento através da função upgradeTo. Embora isso seja principalmente utilizado para corrigir vulnerabilidades do contrato, também existem riscos potenciais. Em comparação, o Polygon zkEVM faz um trabalho mais completo em relação às atualizações de contratos, onde a modificação do contrato, em situações não urgentes, geralmente requer um atraso de 10 dias e deve ser decidida por um conselho de protocolo composto por 13 pessoas.

2. Controvérsia de múltiplas assinaturas

A autorização do contrato Blast Deposit é controlada por uma carteira de múltiplas assinaturas Gnosis Safe com 3/5. Esses 5 endereços de assinatura foram criados há 3 meses e a identidade é desconhecida. Como todo o contrato é, na verdade, um contrato de custódia protegido por uma carteira de múltiplas assinaturas, e não uma ponte Rollup, o Blast tem sido questionado pela comunidade e pelos desenvolvedores.

A Blast reconheceu esses riscos de segurança e afirmou que usará várias carteiras de hardware para gerenciá-las, a fim de mitigar os riscos de centralização. No entanto, se a gestão de carteiras pode efetivamente evitar a centralização e ataques de phishing, assim como se há um processo de gestão adequado, a Blast ainda não divulgou informações detalhadas.

No dia 19 de fevereiro, a equipe do Blast atualizou o contrato de Depósito, adicionando principalmente o contrato Predeploys e introduzindo a interface IERC20Permit, preparando-se para o lançamento da Rede principal.

Riscos ecológicos do Blast

No dia 25 de fevereiro, a plataforma de monitoramento detectou que o projeto GambleFi do ecossistema Blast suspeitava de um Rug Pull, com perdas de cerca de 500 ETH. A conta oficial de redes sociais do projeto já não existe.

Vários investidores compartilharam suas experiências de perdas pessoais. Alguns investidores afirmaram que inicialmente viam o RiskOnBlast como uma oportunidade de investimento promissora, mas o subsequente financiamento público sem limites levantou dúvidas sobre o projeto GameFi.

A monitorização mostra que a maioria dos fundos roubados do projeto Risk foi transferida para diferentes bolsas, e uma pequena parte dos fundos foi transferida para Arbitrum e Cosmos.